sábado, 2 de julho de 2011
Digo sim a mim mesmo!
São tantos sonhos, tantos pensamentos e certas ideias que existem na minha cabeça, coisas que não foram ditas, mas que eu não consegui engolir. Poderia eu ter me expressado? Acho que não... O medo não deixaria ou talvez, o tapa na cara faria com que eu parasse de externar tanta dor e mágoa que há no meu coração. Feridas estão apertando o meu peito e machucando a minha alma, e eu já não sei mais o que fazer. Sumir? Esperar amadurecer? Ir embora para nunca mais voltar? Perguntas que não calam, que tiram o meu sono quando coloco minha cabeça no travesseiro e o pior, não consigo chorar, acho que as lágrimas, ao sair de mim, lavam minha amarguras e levam, no escorrer, tudo que está sujo. Mas elas não caem, e eu não tenho como provar os efeitos delas. E ainda me pergunto: por quê tanto mal-humor? Por quê tanto mal-humor das pessoas? Das pessoas próximas que eram pra me fazerem bem, uma pessoa melhor, por quê essas atitudes incompatíveis com as das pessoas que levam o mundo para frente? E aí, começo a me culpar, começo a colocar certezas incertas no meu pensar, de que os meus atos e o meu jeito de ser são as causas do rencor, do ódio e do mal-humor e me sinto, a cada dia, mais perdido, pois parece que eu não consigo alcançar a minha meta, não consigo transmitir o amor para aquelas pessoas que precisam ser amadas, que precisam de afeto, de um abraço apertado e precisam escutar um "eu te amo", mas, a minha fraqueza não permite eu esquecer o que eu sofri, e o orgulho me empata de amar, de sentir o cheiro das rosas estando longe de jardins, de guiar caminhos. Assim, me sinto um chiclete mascado, sem sabor, que é jogado para fora da boca por não ter mais nenhum valor, nenhuma especialidade e fico tormentado, incapaz e cheio de sofrimento. E quando olho para os lados, não vejo ninguém, ninguém que me ajude a caminhar, nem mesmo Deus, eu consigo enxergar, estou sedento, minha alma está procurando um refúgio, um lugar para eu ser eu, sem restrinções, falar, andar do jeito que eu falo e ando, sem poupar meus comentários e minhas gargalhadas, minhas besteiras e prazeres, preciso, com urgência, ser eu mesmo, do modo que eu nunca deveria ter deixado de ser, nem para agradar a sociedade ou quem mora no mesmo teto que eu, e assim, digo sim à liberdade, ao amor, ao carinho, aos prazeres da vida e digo sim para mim mesmo!
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